O exame oftalmológico é imprescindível quando o assunto é a saúde dos olhos e a maioria dos brasileiros já teve ou vai ter que fazer um ao longo de suas vidas.

Muitos acreditam que esse exame só precisa ser feito por quem está com alguma dor ou dificuldades relacionadas à visão, mas a verdade é que qualquer pessoa deve fazer o acompanhamento com oftalmologista para se certificar que está tudo em ordem.

Pensando nisso, hoje vamos explicar como esses exames funcionam, quais os tipos e ressaltar como é importante cuidar dos olhos para ter uma qualidade de vida mais completa.

Como o exame oftalmológico funciona?

O exame mais conhecido e comumente realizado é o teste de acuidade visual, onde o paciente tem que identificar quais letras e números ele enxerga, independentemente do tamanho em que aparecem.

Porém, existem outros exames mais específicos para serem feitos, como a medição da pressão ocular, por exemplo, que apesar de incluir o uso de luzes, máquinas ou instrumentos específicos, não causa dor e nem necessita de preparo antes da execução do exame.

Alguns sintomas podem ser um sinal de alerta, indicando que você procure um oftalmologista para melhor averiguação. São eles:

• sensação de vista cansada;
• dor de cabeça constante;
• dificuldade para enxergar;
• vermelhidão ou dor nos olhos;
• coceira;
• visão duplicada;
• hipersensibilidade à luz;
• lacrimejamento excessivo.

Independente da presença desses sintomas, o indicado é que todos façam exame oftalmológico em diversas fases da vida: ao nascer (teste do olhinho), aos 5 anos (antes de iniciar a escola) e, depois, com um intervalo de 15 a 20 anos até entrar na meia idade, onde o ideal é diminuir o espaçamento dos exames para no máximo a cada 2 anos.



Quais os tipos de exames oftalmológicos?

Com o objetivo de avaliar os olhos, pálpebras e canais lacrimais para verificar a existência de doenças oculares, diversos exames podem ser feitos. Confira alguns deles:

• Refração 

Esse é o exame que investiga condições que provocam erros de refração no globo ocular, ou seja, o caminho que os feixes de luz atravessam no olho para formar as imagens. 

Se você suspeita ter miopia (má visão à distância), hipermetropia (dificuldade em enxergar de perto), astigmatismo (quando a vista fica desfocada) ou costuma sentir a vista cansada" (presbiopia), esse será o exame realizado pelo seu oftalmologista. 

• Tonometria 

Esse é o exame oftalmológico responsável pela medição da pressão interna do globo ocular, que é medida através da quantidade de um líquido produzido e eliminado pelo organismo que fica entre a íris e a córnea, conhecido como humor aquoso.

A tonometria costuma ser realizada por todos os pacientes na primeira consulta, e são sempre procedimentos simples, rápidos e indolores, levando menos do que cinco minutos para serem realizados. 

• Mapeamento de Retina 

Também conhecido como “exame de fundo de olho”, é um procedimento rápido, indolor e, como o próprio apelido já diz, é realizado por um equipamento de alta tecnologia (oftalmoscópio indireto), que emite uma luz intensa nos olhos do paciente para permitir que o oftalmologista obtenha uma imagem das retinas.

É através dele que se identifica o glaucoma, catarata, descolamento de retina, miopia degenerativa, DMRI, má formação ocular e tumores, além de possibilitar o acompanhamento do avanço de doenças sistêmicas, do tipo hipertensão e diabetes.

• Paquimetria 

Importante aliado na avaliação cirúrgica, capaz de diagnosticar doenças da córnea e medir a quantidade de edema na córnea.

Pode ser realizado de duas formas, ambas indolores: paquimetria óptica (em que se utiliza um aparelho que não toca nos olhos) ou ultrassônica (onde é necessário pingar colírio anestésico, pois o aparelho toca levemente nos olhos). 

• Gonioscopia 

Importante para o diagnóstico e o acompanhamento de algumas doenças oculares (como casos de glaucoma, por exemplo), cistos, tumores e outras.

O exame avalia o ângulo da câmara anterior, que é a parte do olho entre a córnea e a íris (parte transparente e colorida na frente do olho), podendo ser feito com pupilas dilatadas ou não e os olhos são anestesiados com colírio e uma lente especial de contato é colocada pelo médico para realizar o exame, que dura alguns minutos.

• Exoftalmometria

Exame em que o médico verifica a medida do grau de protrusão do globo ocular utilizando um instrumento que se assemelha a uma régua.

É realizado para diagnosticar e acompanhar doenças na órbita, como casos de tumores e de hipertireoidismo.

• Curva Tensional Diária 

Esse exame nada mais é do que a medida da pressão dos olhos durante todo o dia e, para realizá-lo, o paciente deve ficar na clínica oftalmológica e sua pressão é medida a cada hora. 

Este exame normalmente é solicitado nos casos de glaucoma, quando o paciente está piorando apesar do médico verificar que a pressão está normal, o que pode significar picos de pressão alta em diferentes momentos do dia. 

• Tomografia de Coerência Óptica (OCT) 

Ajuda a detectar condições oculares de forma precoce, como por exemplo degeneração macular relacionada à idade, retinopatia diabética e glaucoma. 

Não há emissão de radiação durante o exame de OCT e o único efeito colateral é que o paciente costuma ficar com a visão turva por algum tempo, devido à dilatação da pupila. 

Enfim, esses são alguns dos diversos exames oftalmológicos que podem ser feitos de acordo com a sua necessidade. Portanto, o primeiro passo a ser dado é procurar um médico oftalmologista para receber a orientação adequada.

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